Pedido feito por: Louehtml | tumblr
Coloque para tocar.
“ Londres, 3 de fevereiro de 2017.
Querida (S-N)
Ontem eu
estava sentado em uma das mesas do grammy. Milhares de pessoas estavam também.
Uma pergunta ecoava em minha mente. ‘Porque ela, depois de tanto tempo? Porque
ela, se ainda há milhões que poderiam estar no lugar dela? Porque ela se há milhares
mais bonitas?’
E se você
quer saber eu demorei pra responder. Na verdade, não respondi. Você pode me
odiar por isso, mas eu não sei.
Porque você?
Não sei!
Deve ser por isso que eu estou te escrevendo
agora, pra descobrir com você o porquê depois de tanto tempo, eu ainda só tenho
olhos pra você.
Eu me lembro
do início das aulas. Estava muito frio. As garotas fofocavam sobre como o
garoto do oitavo ano era bonito. Ele nunca teria olhos pra ela, essa é a
verdade.
Mas foi ai
que eu te vi. Você entrou na sala acompanhada da senhora Elliot, estava
embrulhada em uma roupa de frio muito grossa. A professora pediu pra que você
se apresentasse, e você mal conseguia falar com aquele monte de roupas. Foi
engraçado.
Você tinha
um sotaque diferente, Candice sussurrou para Linda “estrangeira”. E a palavra
ecoou dentro da minha cabeça. Me perguntei se você falava inglês, porque com as
roupas e o sotaque era difícil saber em que língua você estava falando.
A professora
pediu pra você sentasse comigo já que o seu material ainda não estava com você.
Na hora, não percebi mas seja lá o que for que comanda nossas vidas, Deus ou
destino, alguém colocou você ali pra mim. Pense. Poderia ter sido qualquer
pessoa daquela sala, mas fui eu.
A primeira
aula foi de matemática, e eu achava que sabia tudo, até você desembrulhar sua
mão pequena e me mostrar que sete vezes nove não era 56, isso era sete vezes
oito. Eu ri sem graça, mas você não se importou e me ajudou.
Na aula de
artes, nós pintamos um quadro, a mesma tela. Você pintava a esquerda e eu a
direita. Sua parte estava horrível. O que era aquilo? Não me diga que você
estava tentando desenhar uma pessoa?
Você era
tímida, mas a minha mão coçava pra que eu puxasse um assunto. E eu disse a
primeira coisa que me veio à mente “De onde você é?” Antes de me responder você
tirou o casaco, e eu me senti aliviado por não ter que ficar procurando onde
seus olhos estavam. Eu mal ouvi quando você sussurrou um “Brasil”. Eu nunca
deixei você saber, mas naquele momento eu passei a amar o Brasil.
‘É por isso
que você está com tanto frio né?’ Eu perguntei inocente, e você riu. Era uma
risada bizarra e tímida. Eu perguntei o seu nome, e tentei me apresentar, mas
você disse que já tinha escutado a professora dizendo. Ah (S-N), se você
soubesse que as coisas seriam mais fáceis se você tivesse fingido que não sabia
o meu nome. Eu fiquei sem saber o que dizer depois. Durante toda a aula de artes,
na verdade. No fim, para a minha surpresa foi você quem disse algo. ‘Meu
desenho está bonito, Zayn?’ Você estava brincando né? Alguém já te disse que
você não tem talento algum pra arte? ‘Está lindo, (S-N)’.
No intervalo
eu sentei com você e a sua lancheira da pequena sereia.
- Ei Zayn,
venha, vamos jogar futebol.
- Não,
obrigado. – Eu respondi.
- Você pode
ir jogar se quiser Zayn. – Você disse, e meu coração acelerou sussurrando
baixinho o quanto eu não queria sair de perto.
- Tudo bem.
Eu vou ficar aqui, se você não se importar.
Você apenas
negou com o rosto, e eu te vi tirar um lanche enorme de dentro da sua bolsinha.
Acho que nunca conheci alguém com o apetite como o seu.
- Eu jogo
futebol... – Você começou, prestando atenção em um creme marrom dentro de um
potinho. – Mas eles dizem que meninos não jogam com meninas porque nós só
atrapalhamos.
- Eu não
acho isso. - Olhei novamente para o creme. – O que é isso?
- É
brigadeiro. Você quer?
- Minha mãe
disse para não comer coisas estranhas.
Pela primeira
vez você me olhou dentro dos olhos, mesmo que parecesse furiosa com aquela
careta.
- Isso não é
estranho! É muito gostoso, se não quer não precisa falar mal.
-
Desculpa... – Você ficou em silêncio por um bom tempo, e inconscientemente eu
me desesperei. Você não ia me desculpar? – Me dá um pouco de brigadeiro?
Relutante e
brava você me deu, e quer saber? Você tinha toda razão, aquele era o melhor
doce que existia.
Na aula de
geografia, o professor pareceu encantado com uma brasileira na sala, e pedia
pra você ressaltar as belezas do seu país. Mas você não conhecia muitas, você
apenas dizia que na sua cidade não tinha muita coisa.
Ao longo da
semana, os meus amigos sempre reclamavam sobre como eu estava deixando-os de
lado por você, mas eles não sabiam que jogar futebol ou pintar quadros já não
era mais tão legal se você não estivesse.
Eu te levava
até a porta do ônibus todos os dias, e depois ia para o carro da minha mãe. Ela
sempre ficava brava comigo porque eu demorava demais para entrar, mas ela
também não sabia que pra mim, te levar até o ônibus poderia evitar que você
sofresse algum acidente no caminho.
Com três
meses que nos conhecíamos, você era a minha melhor amiga. Eu não suportava
ficar perto das outras meninas, mas com você era tudo diferente, mesmo que
parecesse tão igual.
Você se
lembra de quando eu te ensinei a andar de bicicleta? Nós estávamos na minha
rua, e você estava morrendo de medo de cair.
- Por favor
Zayn, não me solta. – você implorou apertando a minha mão que estava na sua
cintura. Eu puxei seu rosto para mim, fazendo com que você olhasse nos meus
olhos.
- Eu não vou
te soltar. Confia em mim. – Você assentiu antes que eu começasse a empurrar a
bicicleta aos poucos.
Eu te
soltei, quando você se sentiu segura. E bem, você caiu e machucou feio. Eu
realmente achava que limpar as suas lágrimas e acariciar o seu braço fariam
alguma diferença. Eu nunca me desculpei por isso, então... Me desculpa, não foi
a minha intenção.
Você era tão
preguiçosa na aula de artes, mas eu estava tão louco por você que não me
importei. E quer saber? Ninguém podia negar que nós fazíamos uma bela dupla,
você me ajudava com a matemática, e eu com os desenhos.
Eu me lembro
exatamente do dia em que eu percebi que a nossa inocência era brilhante, nós já
estávamos na sexta série e eu continuava te levando até a porta do ônibus. Foi
na sexta série que você pintou flores no meu caderno, e todos os meninos me
chamaram de menininha. Eu quis te agarrar pelos cabelos e te jogar longe. Mas
só foi ver o seu biquinho e o seu pedido de desculpas que a única vontade que
sobrou era a de te abraçar.
Na sétima
série você não era mais a mesma. Não gostava de ficar mais comigo, estava sempre
sozinha e com o rosto abaixado. Eu não podia mais te levar até o ônibus, você
ia a pé. Você podia não saber, mas eu rezava para que nada de ruim te acontece
toda vez que você saia da escola. O pouco que você falava comigo, acabou. Eu
fiquei meses me perguntando se tinha feito alguma coisa. A sua lancheira não
era mais da pequena seria. Você não tinha mais lancheira. Você não comia.
O seu cabelo
estava caindo, e você sempre chegava na escola com cara de choro. Você afastou
as poucas amigas que tinha. Era você e o seu mundo impenetrável.
Foi na
primeira semana de setembro, você corria toda vez que saia da escola. O ônibus
voltou a te buscar, ouvi você dizer que precisava chegar logo. Mas você nunca
dizia onde queria chegar. Você não prestava mais atenção em matemática, e eu
havia ficado sem ajuda. Tudo o que você fazia era escrever cartas e mais
cartas. Para quem elas eram?
A diretora
te chamou uma vez, e a sala se encheu de sussurros sobre você estar encrencada,
eu não podia acreditar, você jamais faria algo de ruim. Você voltou chorando
muito, a professora te abraçou e disse que tudo ia ficar bem. Um homem apareceu
na sala, era o seu pai. Mas eu não conhecia. Ele parecia estar se fazendo de
forte. Você guardou o seu material e foi embora, sem me olhar.
Se você
soubesse quanto medo correu pelas minhas veias. Eu tive medo de você ir embora,
de talvez não voltar mais para mim. Você faltou a semana toda. Todo mundo
sentia a sua falta, mesmo que ninguém admitisse.
Um dia a
minha irmã passou mal, e nós corremos para o hospital. Você estava lá,
balançando os pés bambos na cadeira, sua cabeça estava baixa, e eu vi o seu pai
conversando com um homem de branco, em frente à um quarto.
O médico se
abaixou até você e pediu pra que você o acompanhasse. Você se foi enquanto seu
pai entrava na quarto. Vocês foram até a lanchonete, e ele fez você comer
bastante. Ele te pagou até um pirulito. Ele te fez sorrir pela primeira vez em
muito tempo, e eu fiquei com vontade de estar no lugar dele.
Você entrou
no quarto com o seu pai, enquanto eu esperava sentado na cadeira onde você
estava há pouco. Você voltou e me viu lá. Eu sei que você não queria conversar,
mas eu não podia mais aguentar. ‘Minha mamãe está muito doente’ você disse, mas
os seus olhos continham um brilho diferente, eles me fizeram ter esperanças pra
que seja lá o que ela tivesse, melhoraria logo.
‘Quando você
dizia que tinha que chegar rápido, estava vindo pra cá?’ eu perguntei vendo
você assentir. Quanta dor você estava passando? Eu queria agarra-las todas para
mim. Eu tive que ir embora antes de você, mesmo que não quisesse.
Depois
daquele dia, nunca mais eu te deixei sozinha, mesmo que você quisesse ficar. A
sua mãe melhorou aos poucos, e nós comemoramos com muito brigadeiro.
Você me
levou pra sua casa, mas seu pai nunca estava. Você me dizia que ele tinha muito
trabalho.
O tempo se
passava, e eu podia assistir de perto as mudanças em você, as emocionais, e as
físicas. Você tinha peitos (S-N)! Você tinha vergonha de colocar biquíni quando
saímos para algum clube, mas eu adorava cada parte do seu corpo.
Foi em uma
das viagens da escola, nós estávamos no parque aquático, sentados na areia.
Através dos meus óculos eu observava você: seu rosto, seus braços, seus peitos,
sua barriga, suas pernas. A forma como você mordia os lábios me fazia morder
junto, mesmo que eu tentasse com todas as forças esconder a minha vontade de te
beijar.
- Você já
beijou alguém? – Eu te perguntei, observando você corar.
- Porque
essa pergunta?
- Por
curiosidade.
- Eu não...
Você já?
- Eu beijei
a Candice. – Me fiz de orgulhoso, mas você estava me olhando de um jeito
estranho. – O que foi?
- Nada. –
Você olhou ao redor, e ninguém da nossa escola estava por perto. Os seus olhos
se voltaram pra mim, tímidos. – Você quer me beijar, Zayn?
- E-eu... –
Comecei, sentindo minhas bochechas arderem. Decidi que de nada adiantaria dizer
o quanto eu queria te beijar. Eu queria mostrar. Eu me aproximei, e você não
recuou. Meu coração acelerou, você fechou os seus olhos, tímida demais para ver
o que eu faria à seguir. Nossos lábios se encostaram com calma, negando todas
as reações que eu sentia. Seu lábio estava seco, então eu passei a minha língua
devagarzinho por ele, e você se arrepiou. Eu apertei meu selinho em você, te
soltando em seguida. Você me abraçou e disse a única coisa que não poderia ter
dito.
- Você é o
meu melhor amigo, Zayn.
Que droga
(S-N)! Eu tinha acabado de te beijar, como você foi capaz de me dizer que eu
era só o seu melhor amigo?!
No segundo
colegial, você estava totalmente diferente. O seu corpo era formado, os seus
cabelos longos, e você não precisava mais se embrulhar tanto no inverno. Eu
também era diferente, percebi que nós não combinávamos tanto assim.
Você estava
estudando como uma louca. Dizia que queria ser médica. Me pedia para estudar,
mas eu não queria. Eu não havia nascido para estudar (S-N). Mesmo que nós dois
ainda não soubéssemos disso.
Ah, você
esteve nos dois dias mais importantes da minha vida: A nossa formatura, e a
minha audição pro Xfactor. Você não sabia, mas eu havia levantado àquela manhã,
e deixado todo o meu nervosismo pra depois só porque eu sabia que você estava
comigo. A sua blusa estava escrita “Team Zayn”.
No fim do
dia, quando eu soube que estaria em uma banda, você me recompensou. Você me
puxou pra um canto nos bastidores e me abraçou como jamais havia feito, disse
que não acreditava que eu havia conseguido, eu não conseguia parar de sorrir.
Você me encarou, sorriu, e fez aquilo que eu desejava há anos: me beijou.
Foi inocente,
um selinho demorado, mas mudou completamente o rumo das nossas vidas. Talvez
você não tenha percebido, mas depois daquele selinho, nós nos beijávamos com
mais frequência.
Nós já
estávamos velhos. A minha banda estava fazendo um sucesso local. Eu fiquei com
várias garotas, mas eu não entendia porque depois de todo beijo eu as comparava
com você. Porque você tinha que ser tão única?
Na final do
Xfactor, pelo menos para a minha banda, eu procurei você por todo canto, mas
você não estava. Onde você havia se metido (S-N) ?! Minha mãe me disse que você não ligou avisando. Minha
vida estava mudando completamente, e onde estava você para ver isso?
Na volta pra
casa, eu te procurei, e você voltou a ser aquela garota triste. Você escolheu
isso? Acho que não. Se tivéssemos uma opção, ninguém escolheria ser tão triste.
Então eu
soube o porquê, sua mãe passava mal com frequência mas nunca fora tão grave
como daquela vez. Você me levou no hospital, e me disse que a sua mãe se
lembrava de poucas coisas. Seus olhos estavam brilhando por causa das lágrimas.
Sua mãe estava em depressão. Você olhou pra mim e disse ‘um dia... ela vai me
olhar e perguntar quem eu sou´ Eu entendi. A sua mãe tinha Alzheimer.
Nós entramos
no quarto dela, e os cabelos loiros já não tinham o brilho que eu conheci
quando criança, os olhos estavam foscos. Seu pai não estava.
- Mãe... –
Você chamou, e ela virou lentamente para você, sorrindo. – Se lembra do Zayn?
Ela não se
lembrava, é claro. Mas a sua mãe era tão sábia, ela sorriu e pediu para que eu
me aproximasse. Me chamou de querido, e me pediu pra que cuidasse de você
enquanto ela estivesse internada.
Você chorou
e preferiu sair do quarto. Sua mãe ainda tinha alguma consciência, ela me
acariciava, e de certa forma sabia que não havia mais cura para ela. Mas ainda
era a sua mãe. Eu entendi de novo. Era por isso que você não estava na final,
era por isso que você tinha voltado a ser tão triste: você deixou a sua vida
pela sua mãe. Você viveu em função dela. E eu sei que ela está orgulhosa.
Você tinha
19 anos quando ela morreu. Doeu muito, em todo mundo. O seu pai estava no
brasil, e eu me peguei pensando sobre como nunca havia falado com ele. Você
retardou dois anos da sua faculdade, me acompanhava onde quer que eu estivesse.
- Você tem
feito muito sucesso, Zayn. – Você sorriu, acariciando a minha mão.
- Eu ainda
sou o mesmo. – Comecei desesperado, repassando na minha mente quantas vezes
minhas mãe me pediu para não deixar a fama me mover.
- Eu sei. –
Você riu. – Eu também.
- Nós sempre
seremos quando estivermos juntos. – Você riu, e eu quase me senti uma criança
de volta ao banco, vendo a estrangeira rir pela primeira vez.
O mais
incrível veio a seguir, você me beijou. Desde que a sua mãe morrera você não
fizera mais. Dessa vez foi diferente, não era um selinho. Era um beijo de
verdade. Minhas mãos foram para a sua cintura, eu te apertei. Senti meu coração
disparar e minha mente gritar o quanto eu poderia ficar naquele beijo pra
sempre.
Eu me senti
um virgem. Parecia que eu não sabia onde te tocar. Você era diferente, eu não
queria que você cortasse o beijo e me empurrasse, por isso, minhas mãos ficaram
comportadas na sua cintura. As suas estavam na minha nuca, puxando meus
cabelos, arranhando minha pele.
Percebi que
você me queria tanto quanto eu te queria. Que passasse o tempo que fosse, você
ainda seria a única a me fazer arrepiar por completo com só um selinho. Nós
podíamos ficar com pessoas diferentes, mas você era minha e eu era seu. E seria
pra sempre assim.
Minhas mãos
coçaram, e eu adentrei a sua blusa, tocando suas costas nuas e quentes. Nosso
beijo se acelerou, ganhou mais intensidade, mais sentimento. E era isso que não
havíamos compreendido naqueles anos de amizade: Era muito mais do que vontade,
do que amizade. Era amor. Era mais do que isso. Era um amor incondicional:
mesmo que a vida nos separasse ainda seriamos eu e você ecoando pela minha
mente.
Você
interrompeu o beijo, achei que tivesse abusado demais. Eu juro que estava
pronto para te pedir desculpas, mas fiquei completamente calado quando você
acariciou meu rosto, e olhando nos meus olhos sussurrou:
- Vamos para
o quarto.
Meu corpo
estremeceu, é claro que eu fui com você. Completamente obcecado, apaixonado,
desejoso. Você estava se permitindo ser minha? Mesmo que fossemos só amigos?
Por um
segundo, toda a minha vida se passou diante dos meus olhos. Eu era famoso. Só
na Inglaterra, mas era. E se um dia isso nos separasse? E se tivéssemos que nos
afastar por minha causa? Eu poderia ter nos parado ali e feito qualquer
declaração, mas eu percebi que te falar jamais seria o mesmo que te provar o
quanto eu te amava.
Eu te amava.
Como jamais
amei alguém. E estava tão acostumado com esse sentimento que achei que era
normal, que era uma coisa de amigos. Decidi que já havíamos perdido tempo
demais.
Nossos
beijos eram calorosos, desciam pelos nossos corpos, que se encaixavam perfeitamente.
Fossem as minhas mãos te apertando, ou a sua boca gemendo, tanto faz. Aquilo
estava perfeito aos meus sentidos.
Seu quadril
se movia exatamente no mesmo ritmo que o meu, seus olhos apertados e a sua
expressão de prazer me faziam querer ficar por cima de você sempre. Naquele
gesto, naquele momento e movimento. Somente eu e você no nosso mundo impenetrável.
Seu corpo
estremeceu completamente nos meus braços, e pode parecer loucura, mas aquela
visão, a de você tendo um orgasmo, era a mais bonita que eu já havia visto.
Acordei no
dia seguinte com você deitada ao meu lado, me observando. Eu estava prestes a
falar alguma coisa quando você me interrompeu dizendo
- Você tinha
razão, você não me soltou.
Meus olhos
brilharam diante daquela certeza. A frase que eu usei quando a ensinava a andar
de bicicleta acabou valendo para a vida toda. Eu me mantive forte nos seus
momentos difíceis, só por você. Eu não te soltei. E percebi, ali, que nunca
seria capaz de soltar.
Era rotina
voltar de viagens com a banda e encontrar você somente de calcinha e alguma
blusa minha, fazendo o jantar. Não estávamos namorando, e não precisávamos de
rótulos.
- Meu pai
quer te conhecer. – Você disse em meio a um dos nossos jantares, e eu quase
coloquei tudo pra fora. Sempre soube que o seu pai te tratava como uma princesa,
afinal você era a única filha dele. E se, aos olhos dele, eu não fosse bom o
suficiente?
Nós viajamos
juntos para o interior, para a cidade em que o seu pai estava morando. À cada
parada em um farol, você insistia em soltar o cinto e me abraçar, gritando que
era um abraço de urso. Que droga, de onde você tirou isso (S-N)? O seu abraço
de urso, parece literalmente, o de um urso.
Foi um dos
dias mais difíceis da minha vida. O seu pai estava sério, de terno e gravata.
Ele era advogado e havia acabado de sair de uma sessão. Me senti um idiota
diante da inteligência dele.
Sua madrasta
era fotografa, e admita você ou não, ela sempre foi legal.
- Pai. –
Você entrou em casa na minha frente, o abraçando assim que o vira. Ele te
abraçou apertado, abriu os olhos e me encarou de cima a baixo.
- Esse é o
Zayn... Meu...
- Já estou
sabendo quem ele é! – Estendeu a mão para que eu cumprimentasse.
O clima
esteve pesado no jantar (S-N), só você não percebia os olhares que seu pai me
lançava. Na casa também estavam suas tias, sua avó e a filha da sua madrasta.
Enquanto
você colocava Hannah Montanna para a sua meia irmã dançar, seu pai se aproximou com um coquetel.
- Escute...
Você tem uma banda, e a (S-N) não é como uma garota qualquer. Ela tem muitas
feridas à serem curadas. Mas não precisa de uma música bonitinha que te faça
ganhar mais dinheiro. Ela precisa de alguém com paciência e com amor o
suficiente para segura-la enquanto ela se cura. Eu não sei ‘qual é a sua’ Zayn.
Mas é melhor que saiba que (S-N) jamais vai estar inteira pra você, e se você
acha que não pode lidar com isso, é melhor que caia fora da vida dela antes de
a machucar. E se a machucar, saiba que você não vai sair impune dessa. – Eu
abri a boca para dizer algo, mas ele me interrompeu. – Não quero ver a minha
menina sendo exposta pelas câmeras, não quero que digam que ela é só mais uma
vagabunda que Zayn Malik está pegando.
Eu estava
pronto para dizer à ele, para mostrar pra todo mundo o quanto eu te amava. Como
eu estive presente na sua vida até mais que ele. Como eu queria que você fosse
só minha. Que jamais iria te expor dessa maneira. Mas ele não deixou, ele
simplesmente bebeu um gole do seu drink, e saiu.
- Não ligue
para ele filho... – Sua avó veio para perto de mim, passando a mão pelo meu
ombro. – Esse velhote não sabe o que diz!
Acho que
nunca mencionei o quanto eu gostei da sua avó. Você já parou pra perceber como
ela pode ser engraçada? Foi por isso que ficamos horas conversando naquela
noite.
Na hora de
dormir, seu pai fez questão de dizer que eu dormiria no quarto de hospedes, mas
que ele não estava devidamente organizado para receber uma estrela do pop. Vem
cá, o seu pai tem algum trauma com cantores?
O quarto de
hospedes era frio demais sem o seu calor por perto. Você estava dormindo com a
sua irmã. Meu pensamento estava no quarto de vocês, mais precisamente, eu
trocando de lugar com a pequena Louise.
Eu estava
prestes a pegar no sono, quando ouvi a porta do meu quarto se abrindo, claro
que era o seu pai. Fechei meus olhos, usando todos os dotes artísticos que eu
tenho para fingir que estava dormindo. Mas eu senti um corpo se aninhar ao meu
na cama de solteiro. Era você, beijando o eu pescoço.
- (S-A), o
que faz aqui? –Sussurrei.
- Eu não
quero dormir sem você.
E bom, a
única coisa que nós não fizemos naquela noite foi dormir. No dia seguinte, nós
estávamos cansados e com olheiras.
A sua
família é muito difícil (S-N), estou sendo sincero. Caramba, porque o seu pai
não podia simplesmente me tratar como alguém normal? Vocês fizeram um churrasco
tipicamente brasileiro, disse ele. E me colocou para ajudar. Eu não sei nem
lavar as minha cuecas, quem dirá cozinhar?
Provavelmente
ele disse que não era bom o suficiente pra você. Então ele chegou, Adam. Fiquei
sabendo que vocês foram criados juntos. Ele também era médico. Seu pai me
contou todas as histórias que vocês viveram desde o nascimento até pouco antes
de você se mudar para o brasil. Minhas mãos tremiam de raiva quando eu via os
olhares que ele te lançava. E só pirou quando assisti o olhar que ele me lançou
quando você me apresentou como seu namorado.
Naquela
tarde, enquanto todos saiam para o mercado, nós discutimos. Foi ciúmes meu,
devo mencionar que também nunca lhe pedi desculpas por isso. Me desculpe!
Você me disse
que só tinha olhos pra mim, e que o seu pai gostava sim de mim. ‘Jura?’ foi o
que eu respondi antes de ir para a sala com Louise.
Naquela
noite você não foi para o meu quarto.
- Zayn,
sente-se conosco, sim? – Seu pai chamou quando eu estava prestes a dar meia
volta por ver que você ainda não havia acordado. Sentei-me e passei o café da
manhã todo ouvindo as realizações profissionais de Adam. Até você descer,
cumprimentou a todos com um bom dia, e me olhou chateada.
Droga, você
ainda estava chateada pelo meu ciúme bobo. Seu pai percebeu pois me olhou. Acho
que nunca vi tanta diferença entre vocês dois. O olhar dele era completamente
inexpressivo. Eu jamais saberei o que se passava pela mente, até então, maligna
dele.
Você ficou
entre eu e Adam no balcão para pegar o seu pedaço de bolo. Eu te abracei pela
cintura, puxei-a para mim e depositei um beijo no seu ombro. Aquele, junto com
todos os mimos que eu te fiz durante todo o dia, foram o meu pedido de
desculpas.
‘- Escute Zayn... – Seu pai me chamou – Sinto
muito se te causei problemas com (S-N)... Desculpe se te comparei com todo e
qualquer outro cantor. Se ela está feliz, eu estarei´
Nessa carta
toda, essa é a frase mais destacada, porque eu esperei dois anos para ouvir
isso do seu pai, desde o dia em que o conheci. Dois anos suportando Adam e sua
missão humanitária de salvar vidas. Suportei não por mim, ou pela admiração do
seu pai. Suportei unicamente por você. Porque por você tudo aquilo valia a
pena.
E nós
finalmente chegamos ao hoje. Ao agora, você está deitada na minha cama com a
minha camisa do Boyce Avenue, também está usando uma calcinha preta. Ela é a
minha favorita, se você quer saber.
Eu não
estarei aqui pela manhã, a banda tomou proporções assustadoras, essa vai ser
mais uma longa viagem. Mas quando você acordar, espero que a primeira coisa que
faça é sorrir. Porque quando você sorri, eu também sorrio. Porque se o dia está
bom pra você, então ele estará pra mim.
Deve ser por
isso que dentre todas, eu só quero você.
Porque não
serão milhões de outras mulheres que vão me ensinar matemática, ou se embrulhar
toda para o frio. Elas não vão correr para os meus braços quando estiverem
tristes. Não serão outras milhões que me faram sorrir diante de um problema, ou
chorar no cinema. Não me motivarão a realizar meus sonhos, e não me farão
sentir capaz de tudo quando as tenho comigo.
Não serão
elas
É você.
Só você.
Casa comigo?”
N/A: Espero que gostem desse imagine. A segunda votação já está pronta, eu começo a postar os dois imagines na semana que vem. O primeiro imagine a ser publicado é o Beauty like a Beast, votem no segundo imagine!
Jesus *-* SURTEI.
ResponderExcluirQue coisa mais liiiiiinda , parabéns , sério !!! Absolutamente incrível , você escreve muito bem.
Adoreei. <3
Xx Gabi.
Você é incrivel! Por favor se sinta abraçada por mim.
ResponderExcluirMEU DEUS QUE IMAGINE É ESSE?
ResponderExcluirPQPPPP QUE COISA PERFEITA. ME ENSINA A ESCREVE ASSIM?
Senhor amei amei amei
Eu to apaixonada pelo imagine <3 ta MUITOO fofo o final...SEM PALAVRAS FICOU MT PERFEITO ;))
ResponderExcluirJuro que quando comecei a ler achei que ia ser um final triste mas....muitoooooo obrigada! Eu chorei mas foi de alegria! Hahah ficou perfeito! Sério você tem muito talento bjs
ResponderExcluirIsa
Melhor imagine com o Zayn que ja li.
ResponderExcluirPerfeito.
Gisele M.
Meu Deus , esse supero todos , cara ficou perfeito!! Amei ��
ResponderExcluirMEU DEUS!!!!!!!!! QUE IMAGINE PERFEITO *------------* chorei litros!!!!!!
ResponderExcluirAí nossa Amei, você escreve muito bem. <3 parabéns
ResponderExcluirTá, eu confesso, quando eu comecei a ler achei que iria ser sem graça, mas aí você me surpreende e têm essa perfeição que eu amei <3 e que ficou super fofo. Aah e você escreve perfeitamente bem.
ResponderExcluirOs imagines dela nunca são sem graça! u.u
ExcluirEu sei, só que eu acho imagines do tipo carta sem graça, só que esse me surpreendeu e ficou perfeito. Foi o primeiro que eu gostei *-*
ExcluirAdorei ficou muito lindo .
ResponderExcluirLinda você podia continuar o imagine com o zayn nerd né . Eu acho tão fofo .
-LETI
ExcluirGarota, assim você vai longe!! MDS, eu nem sei o que dizer, você é demais!! Amo demais os seus imagines!! Você tá de PARABÉNS!!
ResponderExcluirameiiiii choreiiii OMG que perfeito, parabens foi a melhor q eu li ate hj aii fico mt linda.. :'( ownn PERFEITOOOOOOO <3 :D
ResponderExcluirXX Gaby
MEU DEUS...amei muito...o imagine mais perfeito que eu já li...muito lindo mesmo <33
ResponderExcluirPER-FECT! ♥
Mds, morrendo aqui com seu imagine <3 !
ResponderExcluirCaramba mds q isso guria nossa ta mt perfeito serio morri aqui♥♥
ResponderExcluirXx Bambi
Cara eu chorei eu RI fiz tudo ficou perfeito eu amei essa fic merece uma novela
ResponderExcluirLindoo
ResponderExcluirEu chorei aqui
Ñ sou d comentar muito mas ficou tão perfeito q tive q escrever chorei do começo ao fim parabéns!
ResponderExcluirAiii mdss esse imagine è perfeito eu ameiiiii é um dos melhores que eu já li é perfeito to sem palavras muito lindo ele merece todos os lgios existentes <3
ResponderExcluirMalikisses liamda :')
Achei que ia ser como um imagine quauquer, voce realmente me surpreedeu.
ResponderExcluirQuase nunca comento nada em lugar nenhun , mas, realmente mereceu
Parabens ficou incrivel
Achei que ia ser como um imagine quauquer, voce realmente me surpreedeu.
ResponderExcluirQuase nunca comento nada em lugar nenhun , mas, realmente mereceu
Parabens ficou incrivel
Jesus, Maria e José... Eu ameiiiiiiiiiii ! Este foi o imagine mais perfeito que eu já li ! Chorei muito ! Você escreve muiiiiittttoooooo bemm
ResponderExcluirAss: Laah Malik
Por favor faz a resposta !!! Ta perfeitooo
ResponderExcluirVc escreve muito bem, me emocionou de verdade, me fez entrar na história, eu me imaginei lá realmente, e acabei chorando rsrs, sabe cá entre nós, se todos os imagines fossem igual o q vc fez eu ñ sairia da Internet rsrs, e muito obrigada por esse imagine perfeito. Te amo por escrever isso.
ResponderExcluireu geralmente n comento em imagines/fics q leio , mas são em raridades como essas q eu n posso deixar de elogiar!
ResponderExcluiré raro encontrar imagines tão bons assim, ja passei tantos anos da minha vida lendo imagine, q me considero uma critica [risos] mas modéstia parte...eu n ligo muito para ortografia e essas coisas... o q faz uma historia valer, é o poder de vc participar dela, dela despertar algo em vc, e puxa vc conseguiu!!! eu ja adianto q chorei [só um pouquinho]
vc tem um poder nas mãos, varias meninas escrevem imagines [ate eu] mas são poucas [como vc] q conseguem esse feito! isso é arte, talento... para algumas pessoas pode ser só mais um imagine, mas pra mim foi muito mais.
te desejo as melhores energias desse mundo.
é provável q vc tenha sonhos [alguem q escreve tão bem assim deve ter] pois bem, espero q tds eles sejam realizados ^^ p.s acho q deu pra perceber pq n comento muito, a pessoa ja quer escrever uma enciclopédia!
Oh my God, adorei esse imagine. Vc sem dúvida tem talento, girl.
ResponderExcluirEu li esse imagine em 2015, eu acho. Hoje, mesmo depois de quatro anos, essa história continua sendo uma das minhas preferidas.
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