n/a: eu sei que "for the love of a daughter" é uma música, mas aqui imaginem ela como um poema.
Alicia pov.
Eu gostava de
estar com ela, me cativava. Era a minha melhor amiga, dentre todas as outras,
ela era única.
- Niall dizia
que ela costumava ser a vida resumida
em um ser humano. – Eu disse para a mulher a minha frente.
- Posso te
fazer uma pergunta, bem pessoal?
-Sim, faça.
- Por que o
chama de “Niall”? Ele é o seu pai, não? – Seus grandes olhos castanhos me
encaravam curiosos, ela era uma criança, na verdade. Eu sabia que sua pose de
mulher forte era apenas uma arma.
- Faz tempo
que eu não tenho um pai. – Não sei se deveria estar grata ao som estridente por
me livrar daquela conversa, ou brava por ter que ir pra casa.
A morena não
teve tempo de perguntar mais nada, eu já estava arrumando minhas coisas.
- Te vejo
amanhã. – Sorriu amigável. Eu adorava aquele sorriso dela, me trazia paz.
- Até, professora. – Sorri de volta.
Narrado em
terceira pessoa.
(S/N)
terminava de corrigir os testes de literatura dos alunos, sabia que alguns ali
tinham um imenso potencial para a escrita, mas uma garota em particular chamava
a sua atenção: Alicia Horan.
Uma
adolescente de 15 anos impenetrável. Talvez nem em seus 12 anos de trabalho
nunca havia conhecido uma menina tão dura por fora, e tão mole por dentro.
O teste
consistia em escreverem sobre algo que lhes afetava, ou algo que lhe agradava
muito. Alicia escrevera sobre seu pai.
Quando seu
relógio de pulso marcou uma hora, a professora juntou suas pastas, estojos em
sua bolsa grande e saiu com outras pastas na mão. Somente quando saiu em
direção ao estacionamento da escola que percebeu a chuva forte que caia.
Rapidamente jogou seu material na parte de trás no carro e deu partida, rumando
sua casa no centro.
She is a lonely girl, and this is a
lonely world
Apertou os
olhos quando em meio ao movimento do para-brisa viu uma silhueta conhecida.
Encostou o carro no meio fio.
- Alicia? – A
menina se virou assustada enquanto tentava se proteger da chuva. – Oh, pelo
amor de Deus menina, entra nesse carro. – destravou as portas para a menina que
correu para o lado da rua, se sentando no passageiro. – O que houve? Por que
está sozinha?
- O meu – Ela
hesitou. – Niall deve estar ocupado. – Disse com certa mágoa, a professora,
indignada nada mais disse a não ser perguntar onde era o caminho da casa da
menina.
Chegaram à
casa dos Horan depois de meia hora devido ao trânsito e a chuva.
Niall, que
estava em seu escritório não havia percebido a movimentação dentro da casa, até
o ouvir a voz de sua Alicia falando alto. Aos poucos ele desceu as escadas e
percebeu que a menina não estava sozinha. Ela discutia com uma mulher, uma
morena alta. Nunca a havia visto antes.
- Não me
importo os motivos dele, eu o odeio! – Gritou Alicia, quando viu que a
professora desviou os olhos para algo atrás dela. Ao que seus olhos encontraram
os de seu pai, ela bufou pegando suas coisas e correndo para seu quarto.
- Primeira e
ultima vez, Horan. – Exclamou a mulher.
Um mês depois.
- Sr. Horan? – Uma voz rouca falou ao
telefone. – Aqui é Dr. Coleman.
- Oh sim, Olá
doutor. – Exclamou Niall simpático, o Dr. Coleman era o psiquiatra que “cuidava”
de tratar o estranho amor de sua filha pela tal morena que apareceu encharcada na
sua casa um mês atrás, mulher essa que agora ele sabia ser a professora de sua
filha.
- Bom Sr.
Horan, é difícil fazer um diagnóstico sem consultar a sua filha, mas estudando
tudo o que você me disse sobre ela, e sobre a tal professora, eu posso chegar á
uma conclusão. – Niall, que antes estava deitado rapidamente se sentou na cama
prestando atenção no homem. – A Alicia vê na professora a figura materna que
ela não teve durante toda a vida. Foi ela mesma quem lhe disse que sua
professora era a melhor amiga dela, certo? Pois então, a professora funciona
como uma mãe pra ela.
- Você acha
que tem alguma possibilidade de a minha filha... – Niall não sabia explicar, se
sentia envergonhado por perguntar aquilo. – Talvez tenha algum amor pela
professora que passe a amizade? E que talvez essa professora corresponda?
- Eu não acho
que esse seja o caso, a Alicia não apresentou comportamento estranho sobre a
sua sexualidade então podemos dizer que essa possibilidade está descartada. –
Niall suspirou aliviado.
- E o que eu
devo fazer?
- Bom, há
duas opções: Você pode afasta-la da professora, o que também podem acarretar
duas consequências: ou ela pode se aproximar mais de você, ou pode sentir mais raiva
por você ter-lhe tirado a amiga.
- E a segunda
opção?
- Ou você se
aproximar da professora, e bem, aceita-la como amiga da sua filha.
- Tudo bem,
eu vou pensar.
- Pense com
cuidado, Sr. Horan.
- Pode
deixar, obrigada.
- De nada.
Niall se
sentia perdido, era pai de primeira viagem e não se dava bem com a sua filha
adolescente, que particularmente gostava mais da professora do que dele. A
professora por sua vez, era uma metida a besta que achava que não tinha
obrigação de nada com a aluna, não fora da escola. O que de certa forma era
verdade, admitia ele.
O fato é que
Alicia não entende que a mãe se foi, e não, ela não morreu. Foi pior que isso,
na opinião dele, ela os abandonou. Abandonou a filha recém-nascida para ir
morar com um alemão, que mais tarde ele descobriu que vinha sendo seu amante
durante meses.
No começo
Niall era totalmente apaixonado por sua pequena. Era seu fruto, apenas seu. Era
o seu amor implantado em uma pessoa só, e ele prometeu que faria de tudo pra
proteger ela de todas as dores do mundo, mal percebeu que ele se tornou a dor
dela quando a trocou pelo trabalho e pelas doses diárias de uísque. No começo,
ele tomava até se embebedar.
Saiu da cama
apenas vestindo sua boxer preta, e seguiu para o banheiro fazendo sua higiene
matinal, o que incluía um bom banho quente, colocou uma boxer branca e ficou
somente com ela, andando pela casa. Alicia estava viajando com a escola, então
ele aproveitava esse tempo para fazer o que não faria se ela estivesse ali.
Estava
preparando seu café da manhã quando o som estridente da campainha toca. Sem
vontade de se trocar, e esperando que fosse Luci, a mulher que cuidava da casa
pra ele, ele atendeu.
- Professora?
– Perguntou ele com os olhos arregalados, totalmente surpresos pela visita, ela
não estava muito diferente, mas devido ao fato de que ele estava apenas
vestindo uma boxer.
A morena
pigarreou tentando manter a concentração do que deveria dizer.
- Olá, Sr.
Horan, eu vim aqui conversar sobre algo sério. – Ele apertou os olhos,
encarando-a por alguns segundos antes de se encostar-se à porta e dar espaço
para que ela entrasse em sua casa.
- A sala é à
direita, eu vou me trocar. – Ele disse enquanto a morena já se dirigia para a
sala.
Após alguns
minutos em que ela se pôs a observar cada detalhe da casa muito bem organizada.
- Pronto. –
Ele voltou se sentando no enorme sofá de couro branco, ao lado dela.
A mulher
começou a tagarelar e Niall não conseguia prestar em nenhuma palavra a nãos ser
nos movimentos que os lábios levemente rosados dela fazia. Nunca havia parado
para notar no quanto a professora de literatura inglesa de sua filha era bonita.
O perfume dela parecia uma mistura entre baunilha e qualquer outro aroma forte.
Ela não era o
que se chamaria de mulher perfeita: seus braços não eram finíssimos, na sua
barriga eram visíveis algumas dobrinhas, essas que o fizeram sorrir
chamando a atenção dela.
- O que foi?
- ela perguntou.
- Oh nada,
continue.
- Bom, o que
eu quero dizer Sr. Horan...
- Niall.
- Oi?
- Me chame de
Niall, por favor. – Pediu ele. – Você quer tomar uma coisa? – Ele dizia já
seguindo para a cozinha, enquanto ela fazia uma careta mostrando que estava
confusa.
- Sr. Horan,
digo, Niall. – Ela o seguiu. – O que eu estou dizendo é uma coisa muito séria
e...
- Chocolate
quente é a minha especialidade. – Sorriu ele, fazendo-a desistir de ter aquela
conversa naquele momento.
- Bom, eu vou
aceitar então.
Algum tempo
depois a professora se encontrava descalça, com as mangas dobradas, o cabelo em
um coque frouxo e rindo feito uma idiota pelas coisas que Niall dizia. O
chocolate não estava pronto, por que no meio do preparo eles decidiram que
fazer uma guerra com chocolate em pó seria algo interessante.
Após limparem
a cozinha, a se limparem, voltaram para a sala, agora ambos mais sérios. Niall
estava pronto pra ouvir o que (S/N) queria tanto falar com ele.
- Bom, eu
acho que você vai se surpreender, mas enfim. Eu pedi que escrevessem sobre algo
que lhes afetava muito, ou que lhes agradava muito. – Dizia (S/N) sobre o teste
dado. – E... A Alicia escreveu sobre você. – Um pequeno sorriso apareceu no
rosto de Niall, que fez com que a professora sorrisse e o considerasse
adorável.
Ela entregou
as folhas para Niall, que começou a ler em silêncio:
Pelo amor de uma filha.
Quatro anos
com as minhas costas para a porta.
Tudo o que eu
ouço é uma família em guerra.
Suas mãos
ambiciosas sempre querendo mais.
Eu sou a sua
filha ou um prêmio?
Você tem um
coração vazio, mas ele pesa em seu peito.
Eu tentei
lutar, mas você é um sem esperanças.
Oh pai, por
favor, pai.
Eu adoraria
te deixar sozinho, mas eu não posso te deixar ir.
Oh pai, por
favor, pai.
Deixe a
garrafa de lado pelo amor de uma filha.
Você não pode
pegar de volta aquilo que nós nunca tivemos.
Eu posso ser
manipulada apenas algumas vezes.
Antes que o “eu
te amo” começasse a soar como uma mentira.
Você não se
lembra que eu era a sua garotinha?
Como você
pode me jogar pra fora do seu mundo?
Mentir para a
sua carne e o seu sangue.
Deixou na mão
aquelas á quem jurou que amava.
Tão jovem e
sentindo tamanha dor.
Agora pra
sempre eu vou ter medo de ser amada.
Oh pai, por
favor, pai, eu amaria te deixar sozinho, mas eu não posso te deixar ir.
Oh pai, por
favor, pai, deixe a garrafa de lado pelo amor de uma filha.
As mãos de
Niall tremiam quando ele levantou os olhos encharcados para a morena a sua
frente que o encarava hesitante.
- Sabe o
quanto dói ler isso? – Ele perguntou com a voz falhando.
- Niall...
- Ela não
sabe nem metade do que eu passei pra ter ela comigo – Ele suspirou. – Pra isso?
– sussurrou, se rendendo ao choro preso em sua garganta.
- Ela me
disse que...
- Não importa
o que ela (S/N) - O homem levantou a voz fazendo a mulher a sua frente ter um
pequeno espasmo. Mas ele não se importava não se importava com nada, queria
apenas deixar rolar as lágrimas que ficaram presas há anos. Desde quando
percebeu que sua própria filha o odiava, as lágrimas guardadas quando viu que a
mulher a quem amava estava o deixando.
A professora
não sabia o que fazer, seu coração estava apertado por ver aquela cena. Ali ela
soube que Niall, no fundo, não era nada do que parecia. Hesitante ela aproximou
sua mão do braço dele, subindo até o ombro, e fazendo um carinho ali, esse que
se seguiu para a nuca, massageando-a. O carinho dela, para Niall, era o único
alívio em meio ao aperto que ele sentia naquele momento.
Sem hesitar,
ele agarrou a cintura dela, encosto o rosto no espaço entre o ombro e o
pescoço, chorando sem pudor, molhando a jaqueta dela, que logo passou o braço
em torno do corpo dele. O cheiro dela o inebriava, fazia-o sentir como uma
criança de cinco anos sendo deixado na escola pela mãe pela primeira vez.
Ela o
confortava dizendo alguns “shiu”, que aos poucos foram fazendo-o parar de
soluçar, mas sem solta-la por nem um segundo.
- Você tem
que saber o que eu sei, Niall. – Ela sussurrou. – Alicia acha que você deixou a
mãe dela, e consequentemente a tirou dela.
Niall ergueu
os olhos. O que na opinião dela foi uma cena adorável, seus olhos encharcados e
seu nariz vermelho.
- Precisa conversar
com ela. – Murmurou segurando o rosto dele. – Ela quer o pai dela de volta.
Niall
assentiu, decidido que teria sua filha de volta, sua princesa. Pra isso
precisaria conversar com ela, precisaria esclarecer as coisas.
Duas horas
depois, a professora ainda estava na casa do homem, lhe acalmando e contando
tudo o que alicia já disse a ela.
- Eu pensei
que... Dando á ela tudo o que ela queria iria recompensar o tempo em que eu não
estava presente... Eu preciso da sua ajuda. – Olhou para a morena á sua frente,
que sorria abertamente.
- Conta
comigo!
continua...
Meuuuu deuss você escreve perfeitamente !!! Sou muito sua fã!! Adoro voce entro todo dia pra ver se voce postou algo!! Continua esse imagine ele e uma perfeição como todos os outros.
ResponderExcluirmenina de DEUS continua por favor
ResponderExcluirContinua por favor! Esta perfeito. Adoro a sua escrita
ResponderExcluircoooontinua... bem a minha historia, tirando a parte da professora e que a mãe abandona!
ResponderExcluirCaramba..Continua :D
ResponderExcluirVocê me faz chorar,rir...A cada imagine que eu leio..
Gostei.
ResponderExcluirhttp://imaginesonedirection-1d.blogspot.com.br/
continua
ResponderExcluirLeitora nova akii seu imagines são perfeitos...li todos eles em um dia kkk de tão bons...
ResponderExcluirContinua logo.
P.s. Aproveitando aki continua tb o imagine do zayn e o do Harry
TO ESPERANDO ATÉ HJ A CONTINUAÇÃO...
ResponderExcluirJéh_Butler
Por favor continua ! Eu adoro seu imagines , eu acho voce super criativa !
ResponderExcluirAss: Leh ;)
Eu quero a continuação! Tá muito perfeito <3
ExcluirHey mds oq foi isso?? Q perfeito continua pfpf amei
ResponderExcluirXxAna
Continua por favor, amo sua escrita, você eh perfeita. Sou sua fã!!!
ResponderExcluirPelo amor de deus eu entro quase todo dia por favor contiua, vc escreve tao bem sou sua fã, espero q vc escreva um dia um livro pq p**** vc tem muito talento msm *-* por favor continua
ResponderExcluir#Vick
Continuaaa logo mulher por favor
ResponderExcluirPor favor continua logo, tipo urgente esse imagine, eu amei ele e estou quase morrendo pela continuação.
ResponderExcluirPelo amor de Deus....cadê a continuação desse imagine perfeito? Por favor, continua
ResponderExcluireu n estou achando a continuação alguem me passa o link pleaseeeeeeeee
ResponderExcluireu n estou achando a continuação alguem me passa o link pleaseeeeeeeee
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